My Diary Pt. 10 - Brisas Mentais.


Bem, por uns tempos me achei no direito de ficar presa dentro do próprio quarto ( e na mente também) pra pensar. Assim como algumas pessoas, sou do tipo de estar por horas pensando, me emputecer por muito mais horas ainda e me enfurnar num estado ligeiro de loucura leve, pra depois me deparar com o resultado simples da vida.
O bom é que ela mesma me dá esse alívio. O ruim é que me vem um sentimento de impotência, por não conseguir me desvencilhar dos meu próprios problemas simplimente esquencendo. Como se pudesse ser simples assim: Esqueça! E puff! Esqueci. Infelizmente, não me dou a este agrado, ultimamente tenho lido uns romances, não daqueles melosos de personagens perfeitos em tudo, tirando a beleza, que nessa forma de literatura é quase uma regra e a felicidade um clichê. Ás vezes me sinto que lendo isso me ponho num estado de êxtase imaginando a felicidade alheia dessas estórias e me imaginando no lugar delas. Seria eu louca? Essas brisas mentais passam e se vão, silenciosamente chegam e do mesmo jeito que vem, elas me dão tchau. Mas quando me deparo com uma brisa ruim que quer virar vendaval, simplesmente me jogo. Jogo com toda vontade para me fazer sentir raiva, ódio, indignação, depressão, exaspero, desespero, desprezo! E quando dou por mim o vendaval se torna furacão e estou no centro, no olho. E no meio, me ponho a observar o topo e toda a união desses sentimentos até o ponto que elas dissipam de uma vez. E fico à mercê e nada além disso. Tudo acaba, volto ao que chamo de "normal", onde na verdade não passo de uma "Anomalia anormal" que finge ser normal, confuso, não?! Hilário, isso sim.
Poderia me dopar com um cigarro, ajuda. Mas prefiro me afundar em sonhos e uma bela noite de sono. É, é melhor. Pois ao acordar, tudo está diferente, as pessoas, as ruas, os cães, os gatos as baratas e os ratos e o melhor, o céu que todo dia e toda noite sento e me ponho a fitá-lo como se fosse a última vez que pudesse apreciá-lo.

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Uma sonhadora de um mundo de fantasias. Onde todo o irreal que inunda cada linha de pensamento se dissipa no fim de uma avenida, um olhar poético que cria a dor e a felicidade de ter algo além da imaginação. E um trabalho mais que amado criado por mim e somente a mim terminado. Sou Medye Platinun. Muito prazer.

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