My Diary Pt. 13 - Legista (2 minutos)


Sonho? Vocação? Não e não. Apenas vontade, desejo, curiosidade. Essa minha ânsia, também é minha cólera. Gosto de dizer (digo muitas, saturadamente!) que meu pecado é minha curiosidade, mas será que a consciência, a noção e o auto-conhecimento vencem esse desejo? Talvez sim, talvez não, gosto de pensar que é por um punhado de coisas. Mas o que me intriga é: Vou aguentar? Posso me acostumar? Se não estou errada(corrija-me se estiver), a psicologia diz que sim. Tudo é adaptável cada animal, em cada habitat que é próprio para ele. E como não poderia ser diferente para nós humanos, animais, também nos adaptamos em cada habitat, cada local onde vivemos, estudamos, trabalhamos. Mas agora, me dou a liberdade de lhes contar um caso que me ocorreu hoje em relação à esse desejo, ou uma vocação (muito) bem escondida.
Como de costume (na maioria dos dias!) saio de casa ás 6:00 hs da manhã para pegar o ônibus Icoaraci Almirante Barroso e ir ao cursinho.
Quando cheguei na parada, apareceu um casal, provavelmente mãe e filho. A início pensei que o rapaz sofria de alguma deficiência mental. Ele tinha o olhar perdido e salivava muito, eu estava descaradamente observando os dois quando percebi que na saliva havia também sangue. A mãe o limpava e dizia algo em voz baixa que eu não conseguia ouvir.
Meu estômago se revirou. Não pelo sangue e saliva, mas pelo sofrimento dele, podia perceber de longe a dor dele. Lá no fundo me emocionei. Fiquei tocada e acredito que senti pena, tristeza e um pouco de compaixão tudo misturado, e dessa receita de bolo, saiu um pensamento que lhes traduzo assim: Que entre a agonia dos vivos e a dor imaginária e fantasmagórica dos mortos, prefiro os mortos. Portas e correntes, batendo e arrastando não são nada. E isso é real, a dor, o corpo, tudo é real.
Uma futura médica tem que pensar assim? Com certeza não. Mas como de médico e de monstro todo mundo tem um pouco, prefiro ser a Dra. Frankenstein.
Dois minutos após a estada do casal na parada, eles se foram e cinco minutos depois o ônibus veio e eles foram esquecidos, por mim e por todos aqueles naquela manhã.
No fim das contas, no fundo do meu âmago, eu posso dizer que nem me importei.

Em Vão (Impura)


A dificuldade por ser imperfeito
Afunda no céu dos malfeitos
Incerto, incompleto,
isto é a visão do corpo desfeito

Como gostaria de voar
Tão alto... e depois despencar
Aqui na terra irei me enterrar
E com os vermes encontrar o meu lugar

A sete palmos, sinto o gosto de terra
Demônios a cassoar de mim,
minha alma, ela leva
Me abraça... me abrace
Me entrega!

Acordo, ainda vivo?
Ah! Que inoportuno destino!
Por isso, prefiro viver mentindo
Pois sonhando, termina a ilusão
daquilo que nunca tenha existido

Agonia... cadê as lágrimas?
Sou um anjo sem asas
Aquela que chamada de amaldiçoada
Chora, por palavras ditas no meio do nada

Medo... percebi que sou eremita
Que caminha na mais perfeita desarmonia
No silêncio dos gritos da menina
Que sem inocência grita, por não ter o brilho da vida

Digo que sou insana
Mesmo que vinda do túmulo
Morta é a alma desta criança
Que chora e grita em profanos cultos

Selo - (acho que é o terceiro)


Bem, muitíssimo obrigada, Ivezuda -*o*- por este selo. Posso dizer que simplismente adorei este presente, principalmente vindo de ti! Mil beijos e obrigada novamente. Te adoro, guria!

My Diary Pt. 12 - Silence!


Silêncio! E meia hora depois... O tédio.

Sobre este blog

Minhas crianças

Olhos da janela

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Uma sonhadora de um mundo de fantasias. Onde todo o irreal que inunda cada linha de pensamento se dissipa no fim de uma avenida, um olhar poético que cria a dor e a felicidade de ter algo além da imaginação. E um trabalho mais que amado criado por mim e somente a mim terminado. Sou Medye Platinun. Muito prazer.

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