1° Dia

."Eu te amo", alguém tem um clichê novo do qual eu possa usar?.

."Você está bem?", alguma pergunta menos maçante que essa?

. A vida poderia ser menos complicada, mas aí, cadê a graça? Gostaria de poder andar mais vezes... seria bem mais aliviante e menos fulo. "Cara platéia, a sua mais nova protagonista não decide o seu papel perante a sociedade!" - novidade, só mais uma crise de identidade - Quem sou eu? Quem é você? Hoje, li num livro que nós somos o bem e o mal... em nós tem a eterna batalha dos opostos que segue durante a nossa lenta morte todos os dias.

. Alguém já parou pra pensar nisso? Que a cada dia que passa a nossa morte se aproxima mais e mais? Nossa, eu não tenho esse hábito, e juro, que se pensasse, poderia estar mais louca do que já sou. E se isso tivesse peso em mim, eu não dormiria, só para não matar meu tempo em sono.

. Hoje penso se tenho objetivos... será que os antigos são tão fortes como gostaria que fossem? - acredito que eu deveria escrever um livro assim: "um milhão de perguntas estúpidas que fazemos ao longo de uma vida desnecessária"- será que valeria a leitura alguma, além da original, e sua autora ela ao menos leria? Lá vai mais outra questão.

.Quem pode me responder isso? Eu? Você? Deus? Ou o diabo? Acho que tô cansada demais... minha cabeça pesa, meu corpo padece. Eu me sinto insana. Me sinto impotente...